Cada final de ano traz a euforia do recomeço... Expectativas de mudança, melhora da vida. Acendem-se as esperanças de novos projetos, acalentam-se os antigos sonhos.
O fim do ano traz o peso e o sufoco das decepções e perdas ocorridas durante 12 meses. Dias de muita luta, trabalho, perrengues... Mas também de momentos felizes, marcantes e inesquecíveis de nossa vida.
Este ano eu renasci e morri muitas vezes... Tive muitas conquistas, mas também perdi pessoas que amava (e ainda amo). Curei meu corpo e minha alma da doença que me corroia as idéias e os planos que eu fiz. Atravessei tempestades e graças a Yemonja estou aqui, inteira... pra mim e para os meus, por que aprendi que a minha mão é pra todos, mas o meu coração é somente daqueles que merecem.
2011 serviu para que eu fortalecesse as minhas estruturas, acalmasse o meu coração para todas as Rèrè (coisas boas) que me esperam no ano novo, se eu perseguir obstinadamente tudo aquilo a que me propus.
Que no Ano Novo cada um tenha a chance que merece para alcançar sua felicidade... Alguns com pedras no sapato, outros com imensas rochas para contornar, mas que todos nós possamos contar não só com a sorte, ou com o próprio esforço e sim com a força divina que carregamos dentro de nós.
Que realmente acreditemos em nossos sonhos e em sua possibilidade de realização, que não haja ilusão ou sofrimento que nos desvie de nossos ideais. Que tenhamos paz para viver nossa vida, para amar nossos queridos como eles merecem...
No ano do Pai Oòsàlá eu quero minha casa cheia de amigos leais, de flores, de clareza... Quero a confiança cega de Orunmilá, senhor do destino dos homens e sua capacidade de interpretar os meandros da vida... Quero a força, a criatividade, a juventude e a garra de Obokum, Bàbá mi e dono da minha vida junto com Iyá mi Yemonja.
Que todos os Orisás nos abençoem sempre...
Feliz Ano Novo!
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