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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011



De longe observo o mar revolto,

Mas não tenho medo ou receio...

Não é a calmaria que modifica a paisagem,

Mas o constante vai e vem das ondas...

Que levam a areia debaixo de meus pés,

Obrigando-me a reforçar minha base.

Tira-me desse falso equilíbrio,

Desestabiliza minha estrutura...

Que eu me fortaleço e retorno

Cada vez mais forte,

Com meus passos cada vez

Mais firmes...

O sal dessas águas,

Ao mesmo tempo em que me ardem a pele

Cicatrizam minhas feridas...

Do corpo, da alma, da vida...

Eu sou filha do mar... Iyá mi Yemonja...

Não há tempestade que me pegue desprevenida.



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