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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Canção dos Homens



“Quando uma mulher, de certa tribo da África,

sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres

e juntas rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.

Quando nasce a criança, a comunidade se junta

e lhe cantam a sua canção.

Logo, quando a criança começa sua educação,

o povo se junta e lhe cantam sua canção.

Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.

Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.

Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo,

a família e amigos aproximam-se e,

igual como em seu nascimento,

cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".







"Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.

Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime

ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado

e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.

Então lhe cantam a sua canção".

"A tribo reconhece que a correção para as condutas

anti-sociais não é o castigo;

é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.

Quando reconhecemos nossa própria canção

já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém."









"Teus amigos conhecem a "tua canção"

e a cantam quando a esqueces.

Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.

Eles recordam tua beleza quando te sentes feio;

tua totalidade quando estás quebrado;

tua inocência quando te sentes culpado

e teu propósito quando estás confuso.“

(Tolba Phanem)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sobre o Batuque e os “Batuqueiros”


Não existe, dentro do Batuque, coisa mais bela e significativa que um Orixá manifestado. Não importa qual, todos são lindos, cada um com sua diversidade: o bradar de Ogum com sua espada em punho, o balançar das saias de Oyá a fazer vento por todo salão, a bela Oxum a mirar-se no espelho, espalhando perfume pelo ar... Oxalá, velhinho a caminhar arcado e tremendo até o seu banquinho... Não adianta contestar, Orixá é sempre Orixá... E Orixá, para todo batuqueiro é (ou deveria ser) SAGRADO.

Quando um Orixá está no mundo, nosso coração se aquece e a atmosfera é de alegria... Alegria por receber a benção da presença especial desses pais e mães que vem dançar entre nós, meros e imperfeitos humanos, ouvir nossas súplicas e nos trazer alento.

Nossa religião não é fria ou formal... Nossos Deuses são recebidos com amor, com aplausos, saudados com carinho...

PELO MENOS DEVERIA SER, NO MÍNIMO, ASSIM...

Infelizmente, para alguns “Batuqueiros” (entre aspas mesmo), Orixá se tornou comum, principalmente entre alguns Babalorixás que pensam ser o próprio Orixá, estarem acima do bem e do mal... Onde os olhares que deviam ser de zelo tornam-se de desdém, onde ao invés de aplausos os Orixás recebem o deboche...



Eu penso assim... Bem simples:

Se toda beleza que nossa religião tem não é capaz de te tocar, se um Orixá manifestado não te dá alegria, se o teu coração não é capaz de sentir essas coisas, mude de religião... Pare de enganar os outros e a si mesmo... Ou o bom do Batuque é só o $$$ que tu embolsas dos teus omorixás???



#DESABAFOMODEON